quinta-feira, 21 de outubro de 2010

IV - Moção Sectorial (Novos Espaços de debate, Militância activa)

NOVOS ESPAÇOS DE DEBATE,
MILITÂNCIA ACTIVA

O nosso partido é único, heterogéneo. De operários, de empresários, de trabalhadores por conta d’outrem, trabalhadores liberais, trabalhadores em funções públicas. Gente de origens diferentes e com diferentes ideias.

É esta a enorme riqueza do Partido Socialista. A sua diversidade.
A sua capacidade de sentar à mesma mesa gente mais liberal, gente mais conservadora, mais ou menos regionalista.

Não nos preocupa a diferença. Não nos preocupa a diversidade. O que nos preocupa é que, cada vez mais, esquecemos aquilo que nos junta, aquilo que nos une.

Une-nos a defesa da escola pública, une-nos a defesa do serviço nacional de saúde, une-nos a promoção da igualdade de oportunidades para todos, une-nos a construção, reconstrução, recuperação de Estado Social.
O mundo mudou. O país mudou. Tudo mudou, mas a organização interna dos militantes do PS continuou praticamente a mesma.
Reorganizar a acção dos militantes não pode deixar de ser uma prioridade. Repensar tudo sem dogmas ou preconceitos.

Não podemos reformar o País, sem antes sermos capazes de reformar o Partido. Não podemos representar as grandes causas nacionais, sem antes sermos capazes de representar as pequenas causas, as pequenas grandes preocupações dos portugueses. Tal como não podemos conquistar os portugueses sem antes sermos capazes de reconquistar os milhares simpatizantes e militantes que se foram afastando.

Mais do que o património histórico, estas cidadãs e estes cidadãos são o nosso maior activo. É imperioso saber trazê-los de novo para as nossas sedes, é preciso saber envolvê-los, é preciso saber ouvir os seus contributos e abraçar as suas causas.

De norte a sul do nosso Distrito, poucos são os militantes que não estão conscientes de que o partido se fecha sobre si. Poucos são aqueles que não estão preocupados com o afastamento de mais e mais militantes da vida das suas secções. Mais do que nomes, números que vão ficando esquecidos nas listagens, ao mesmo tempo que o partido se revela impotente para atrair novos quadros, novas figuras enfim “ sangue novo”.

Todos conhecemos a necessidade de abrir o partido. Repetida até à exaustão em todas as candidaturas quer sejam a nível concelhio, distrital ou nacional. Na militância partidária, são hoje mais os deveres que os direitos. São mais as obrigações que as possibilidades de participação.

O debate das ideias dentro do PS deve ganhar novos espaços!

Um partido adaptado às constantes mutações do nosso tempo deve debater quer as grandes áreas da governação, quer as questões que mais dizem respeito ao nosso distrito, de forma contínua e aprofundada, encontrando novos fóruns de partilha e debate de ideias.

Há 36 anos que o nosso partido político aplica o mesmo modelo, as mesmas soluções, a mesma forma de se relacionar com as e os militantes e com as cidadãs e os cidadãos. E esta relação caracteriza-se pela unidireccionalidade e por um conjunto de regras que encerram em numerosas formalidades de um aparelho burocrático e lento.
Regras que a política tratou de impor, afastando ou dificultando o exercício da participação cívica.

E falemos de participação. Porque hoje é mais fácil um cidadão do interior do país discutir num palco global, do que participar na vida da sua concelhia.
Fora dos partidos, a sociedade está cada vez mais viva, cada vez mais vibrante. Tudo é tema! Tudo é debate!
Novos grupos, novos movimentos, novas intervenções nascem quase instantaneamente.
Milhares de pessoas criam, discutem, trocam argumentos e participam em milhares de diferentes causas, em tempo real aos acontecimentos.

As tecnologias suprimiram barreiras.

As cidadãs e os cidadãos debatem e participam!
Marcam a agenda!
São cada vez mais donos do seu destino. Sem mediadores ou representantes!
E o nosso partido tem estado à margem desta vivacidade!

A partilha de informação, a comunicação através das redes sociais e sobretudo, a apreensão da linguagem comunicacional nestes novos meios é uma realidade para a qual todos nós devemos estar sensibilizados.

Devemos adoptar sem tibiezas, esta forma de comunicação.

Mas não devemos descorar, aquele que é o debate, o frente a frente, a partilha e troca de informações.
Também aqui temos um caminho a percorrer.
Naquilo que deverá ser sempre o relacionamento entre eleitos e eleitores e em especial numa altura em que no plano nacional se assiste a uma adopção de políticas, e sem discutir da necessidade das mesmas, é imperativo que se “fale”, que se informem, que se ouçam os militantes, se promovam assiduamente espaços plurais de debate.

Um partido forte, unido e mobilizado não teme opiniões, não teme a liberdade de expressão dos seus militantes. Não precisa. Um partido forte, unido e mobilizado não é prejudicado, mas fortalecido pelas diferenças. Não tememos Homens livres.

O Departamento Federativo das Mulheres Socialistas de Santarém

Anabela Freitas, Sandra Vitorino, Paula Teixeira, Maria da Luz Lopes, Anabela Costa Azenha, Maria Fernanda Pires Alves, Dina Teresa Ferreira Lopes, Fernanda Maria Estevens Maurício, Marina Lopes Honório, Isabel Alexandra Almeida Pires, Maria Fátima Graça Duarte, Margarida Mª Costa Veríssimo, Mariana Encarnação B. Carvão, Virgínia Maria Ramos Mena Esteves, Maria Helena Almeida Pires, Susana Alexandra Faria, Joana Sofia Gaspar Nunes, Vera Alexandra Costa Simões, Sandra Godinho Silva, Luísa Maria Silva, Anabela Rosa Almeida Estanqueiro, Maria Celeste Figueiredo Gouveia Santos, Maria Conceição Marques, Maria Celeste Jesus Nunes, Clarisse Augusta Barrisco, Maria José Rodrigues Caldeira A. Heitor, Mónica Alexandra Antunes Martins, Maria Eugénia Conceição Nunes